setembro 02, 2010

SP, aqui-agora, Brasil

Vincent,

Aprendi contigo a fazer um til bem bonito quando escrevo com cedilha. Percebi isso hoje. Acho interessante a influência positiva que temos uns nas vidas dos outros, seja com coisas tão ínfimas quanto um til até as mais grandiosas inenarráveis, que ascendem o coração.

Como você está? Eu estou no metrô, encontrando anjos pelo caminho. Isso sempre me acontece quando eu tenho a pré-disposição para tanto. Voltei de Fortaleza em julho e parecia ter esquecido da poesia* das coisas, da magia que existe na vida, no dia a dia, em cada pessoa, e cada passo que damos com entusiasmo, alegria.

Mamãe esteve aqui e isso foi fundamental para me reascender essa chama, essa minha essência puramente infantil de ver com os olhos meninos tudo de novo que tem pelo mundo, todo dia. O que viemos fazer aqui, me diga Vincent? Na imensidão do infinito... Para qua estamos na Terra? Sei que não tens a resposta, eu também não, nem me importo muito em saber, mas sinto um amor por esse planetinha, tenho meus próprios vulcões e rosas para cuidar. E também meu próprio carneiro. Então racionalmente basta-me saber pelo coração.

Amo-te

Théo.

* Sobre a poesia da vida p/ ti, escrito em jul:

"Já imaginou o que é amar alguém de todo o coração? Amar os olhos, e o olhar. E as mãos e os abraços. E amar o timbre da voz... o sorriso (ah! o sorriso...). As idéias e os ombros. O cheiro do hálito e a maciez do beijo. Imagino que tu saibas, pois sei da imensidão plena do amor que você agora vive, de fato.

E as folhas amarelas e estrelas no céu? É preciso estar sempre atento a poesia das coisas Vincent.

Mesmo com tanto amor ao nosso redor, aliás, principalmente, acredito. É injusto esquecer da poesia que mora em tudo que vive em detrimento do amor... Porque o amor se renova dentro de seus misteriosos ciclos quando conseguimos amar na totalidade de nós, tudo aquilo que já amamos com o coração aberto pra receber mais e mais a beleza da vida, poesia do amar.

O amor vem somar. Ele não nos deixa retirar do palco da vida as poesias faceiras dos recantos do mundo, por entre frestas de surpresas... O amor, Vincent, vem nos libertar!"


ps: me escreve um poema?


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