Observando uma foto que tirei recentemente dos meus pais, lembrei do filme “O sorriso de Monalisa”. Não é uma comédia romântica, na trama a professora de arte interpretada por Julia Roberts tenta mostrar às alunas o valor dos estudos de uma mulher. O filme retrata uma época em que as pin ups eram as garotas pervertidas e as moças de família eram educadas para serem donas de casa perfeitas, preparando para seus maridos provedores um belo jantar ao final do dia, sem contar as inúmeras outras tarefas de casa.
O feminismo tornou a mulher heroína ao fazer todas as tarefas do lar e ainda conseguir estudar e se tornar uma profissional ativa no mercado. Como sabemos, nem todas formam família, mas durante tantos anos de repressão à capacidade e intelecto da mulher, elas geralmente se sentem realizadas apenas com o sucesso profissional. Não posso esquecer que os jantares preparados para maridos provedores geralmente vinham – como hoje continuam vindo – de coisas compradas prontas no supermercado: vai tudo para o microondas e seu estômago está cheio.
Para quem não sabe esses alimentos surgiram durante o período de guerra (mais de meio século atrás e ainda estamos nessa). Nossas melhores ferramentas de comunicação foram primeiramente ferramentas de comunicação militar que se transformaram em maravilhas como a internet que agora me proporciona a publicação deste texto. Mas nem tudo que veio da guerra são flores, óbvio. Alimentos com agrotóxico e alimentos pré-prontos são tão venenosos quanto o homem pode ser capaz de imaginar. Quem tem medo de câncer, cuidado com o tomate que você não plantou nem comprou em um mercadinho orgânico. Nesta manhã, transformando meu jardim e plantando mudas, percebi o quanto nós perdemos da nossa essência criadora e criativa ao deixarmos de cultivar um jardim, mexer na terra, adubar, semear, plantar e colher. Ou seja, saber o que você está ingerindo, de onde veio, quem cuidou.
Nós somos o que pensamos e somos principalmente o que ingerimos. A saúde do corpo depende diretamente de uma alimentação saudável e a jovialidade da alimentação natural. Não estou pregando que vivamos de folhas nem sou contra comermos carne, eu como. Escrevo em protesto apenas, escrevo pela tristeza em sentir o quanto estamos afastados da nossa natureza primordial. Pois até no menor dos apartamentos é possível ter vasinhos com – pelo menos – algumas plantinhas medicinais, mais comumente conhecidas como temperos. Elas são a causa primeira de curas que não necessitam de alopatia. Veja aqui que coisa genial!
Nem sempre é fácil reconhecer a simplicidade no caminho, esse ditado é antigo, geralmente conhecido como "nem sempre o caminho fácil é o correto". Sou a favor da tecnologia e de ter coisas maravilhosas para comprarmos em supermercados tais como: caixas de presentes, ferramentas, certas revistas, petas lua crescente, peixes da região, etc. Mas os vegetais, ora... Não se compra saúde em lugar nenhum. Sei que a transformação pode ser lenta, mas se ninguém ousar... Ela não virá. É O CONSUMIDOR QUEM DEMANDA AFINAL!
Se estamos neste mundo com um propósito é o de esclarecer e modificar aquilo que temos capacidade para fazê-lo. Acho muito urgente então, homens e mulheres deste meu Brasil (afora chefs de cozinha) que procurem compreender, o mínimo que seja, mesmo em meio ao caos da falta de tempo atual, a necessidade do que chamamos de slow food, e a necessidade de quebrarmos tais paradigmas tão perniciosos e antiquados para a nossa inteligência.
Para entender melhor sobre alimentação orgânica, veja esta cartilha com ilustrações do Ziraldo.
Saúde a todos!
ps: Grata a Isa Montenegro pelo novo layout lindo do somOz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário