julho 02, 2009

poisé, agora.

males da modernidade: o homem que um dia foi caçador viril hoje debruça sua coluna em frente ao computador.
benefícios da modernidade: o homem aprendeu a ser delicado e gentil (sem deixar de - no meio do processo - inventar as armas no desejo pela soberania. no final todo mundo morre sem ter a menor idéia no que vai dar).
resultado: nem só de balas que sobrevivem as armas. espera-se, com alvoroço, que os ignorantes que as constróem, no entanto, desencarnem todos juntos em outras paragens... e que a tecnologia seja usada estritamente em favor do bem, obrigada, que eu quero ver onde vai dar.

antes eu acreditava em nós como espíritos individuais, ainda estudo no centro espírita vinha de luz. afinal, Kardec disse pra sempre optarmos pela ciência, caso ela o prove ao contrário, então, eu que quero descobrir o mistério do mundo, lá estou fuçando livros, talvez a procura de falhas. Mas hoje já acho que, quando a gente morre, vira outra coisa de outra dimensão que não tem necessáriamente nada a ver com o que conhecemos com estes nossos olhos que-serão-comida-pras-plantas. Acho que o espírito é um só. esse negócio de "eu" fica só por aqui mesmo e se vai quando o sujeito é enterrado a sete palmos ou tem suas cinzas jogadas ao vento... no mar. tudo isso num grande teatro pelo bem, coisa de dualidade. oras bem e mal não se desfazem, são uma coisa só, pelomenosaqui e assim é com o claro e o escuro, e... e esse papo de dois já me cansou. o que vem além é aquilo que me interessa e parece tão inatingível agora enquanto toda a minha virilidade humana se desdobra em palavras, cansando o meu viver.

outrora eu gostaria de me isolar. hoje quero estar próxima de quem tenta mover o mundo seja lá em que direção for. uma coisa é certa, que seja rumo a um equilíbrio planetário, pois se tem uma coisa que eu aprendi com tanta religião no mundo foi que toda busca por deus é na verdade uma busca humana de re integração com a natureza (acho estranho as coisas sem hífen, mas, nunca liguei muito às regras gramaticais, para o horror do meu pai, linguísta de um flawless português)

já nem sei se esse texto fará sentido, e que importa, são só letras, palavras, desabafos que podem se transformar em onomatopéias dançantes tais quais abruelhindas mortráces. continuo acreditando na natureza como meio indescutível de se atingir qualquer verdade. quero estudar seus reinos sem fim.

Um comentário:

Raphael Haluli disse...

Pois que venham os reinos, criados pra serem conhecidos. O tesouro da natureza está presente, revelado pra quem souber e quiser encontrar.

bjs