maio 14, 2009

sol da meia-noite


Nunca julgue um livro pela capa, dizem. Nada mais sábio. Geralmente eu consigo passar da capa e amo quando me deparo com estórias incríveis. A saga Twilight/Crepúsculo, por exemplo. Foram 5 dias e três noites - juntando tudo - 4 livros, mais de 2 mil páginas, e 90R$ muito bem gastos. Viva a emoção juvenil de se ler algo novo, excitante, misterioso, interessante!

E melhor, encontrar um romance contemporâneo cheio de arquétipos sobre abnegação, respeito e amor ao próximo, controle e conhecimento interior, evolução da espécie, desenvolvimento da intuição feminina, novas maneiras de se construir uma boa relação familiar, idéias de como modificar o pensamento condicionado, esclarecimento sobre diferentes tipos de mediunidade, a existência após a morte; valorização da vivência do amor antes de uma relação sexual e do sexo feito com amor e não apenas sexo pelo sexo como acontece tanto entre os adolescentes americanos hoje em dia. E, é claro, um mundo mais justo, livre e pleno. Assim como a gente sonha e age para construir. Ufa! & tudo isso regado com pitadas sarcásticas inteligentes que renderam boas gargalhadas, em uma trama instigante. Entre outras coisas, não tem como enumerar tudo aqui.

A questão é que realmente não podemos julgar pelas capas, muito menos quando nos deparamos com best sellers, tendo em vista que quando um livro é lido por mais de um milhão de pessoas, a coisa certamente está trazendo algo de positivo para todos os leitores e se é assim, eu quero saber o que é, principalmente se eu não consigo tirar os olhos da história logo na primeira página. Me apaixonei pelo vampiro "vegetariano" (que se alimenta do sangue de animais) que ouve pensamentos e não quer ser um monstro. Um amigo me disse que os vampiros foram inspirados no espíritos obsessores. Aprendo no Kardecismo que nem todo espírito obsessor é necessáriamente malígno. Muitas vezes, pode ser alguém que morreu, encontrou um médium e ficou ali ao lado, tentando compreender qualquer coisa. Ou ainda um pai que morreu e está tentando se comunicar com um de seus filhos, o mais sensível, que acaba por se perturbar. Ou seja, um espírito que apenas precisa de caridade.

Não podemos generalizar as idéias que temos das coisas ao ponto de não enxergar as exceções, as variantes, as novas possibilidades...Novas lições. Certamente, não podemos considerar que todo best-seller popular é necessariamente uma leitura medíocre. E tenho dito. Afinal, nem todo mundo gosta de se infiltrar em uma busca espiritual, mas o mundo espiritual encontra suas maneiras de passar a mensagem.

2 comentários:

Isa disse...

concordo lépidamente.
não é a toa todos os
harry potters da vida.

Raphael Haluli disse...

pra cada pessoa que escreve algo, existe uma pessoa pra ler esse algo. no mínimo uma, a própria que escreveu.
da mesma forma, existem diversas religiões pra atender as diversas necessidades espirituais e compreensões existentes.
pelos graus de afinidade e sintonia as pessoas buscam e encontram aquilo de que precisam naquele momento.
não julgar livro, religião, nada, pra não ficar sujeito a sermos julgados em algum dia. mas é preciso nós sabermos as origens das coisas pra entender que cada uma delas cumpre uma função determinada, seja ela boa ou má, estando sempre dentro do domínio, do plano e da ordem Universal.

flores meu bem