"..."ciumento". Uma palavra que soa bizarra, especialmente quando se contempla a multidão, quando se percebem os emparelhamentos fortuitos, quando se constata que aqueles que estão de braços dados têm imensa probabilidadede já estarem separados dentro de muito pouco tempo. Pouco se me dá que muitos homens estejam apaixonados por ela, contanto que eu esteja incluído no círculo. Senti pena dele, por ser vítima do ciúme. Eu jamais sentira ciúme em minha vida. Pode ser que nunca tivesse gostado de ninguém o suficiente. A única mulher que eu desejara desesperadamente, acabara deixando por livre e espontânea vontade. Ter uma mulher, ter qualquer coisa, na verdade, não é nada: é a vida que se tem com a pessoa que importa, ou a vida com o que possuímos. Será possível amar para sempre pessoas ou coisas? Ela podia mesmo admitir que ele estava loucamente apaixonado por ela - que diferença isso faria para o meu amor? Se uma mulher tiver sido capaz de inspirar o amor de um homem, deve ser capaz de inspirar o amor de outros. Amar ou ser amado não é crime. O verdadeiro crime é fazer alguém acreditar que ele ou ela é a única pessoa que jamais poderemos amar."
Sexus - pg. 62 - Valentine Miller, Henry
Diante destas palavras só posso dizer que amo profundamente várias pessoas ao mesmo tempo, homens, mulheres, crianças... e não somente pessoas, tenho um afã interno também pelas paisagens, chuvas, pincéis e estampas, besouros e lagartas que hão de ser borboletas, árvores, cachorros.
O amor e o ciúme são antagônicos. O amor é como um animal selvagem, livre. E, puxa vida, como queria poder voltar no tempo e levar um computador pra que Valentine pudesse expor mais e mais escatologias diversas (diante das suas precárias condições de trabalho...). Absolutamente lírico e sincero. E tal, assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário