Uma das primeiras imagens que eu coloquei nas paredes do atelier menor foi a de uma velhinha sorridente alimentando galinhas.Com todo o processo do tempo, coloquei imagens que julgo bonitas e de situações que eu quero viver e ser, e deixei também que amigos escolhessem algo que adicionar. Definitivamente estou passando pelo teste de ser feliz independente da mudança material ao meu redor. Agora eu tiro tudo do lugar pensando se ainda quero paredes...
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As pessoas sentem muito isso quando alguém morre, pois dói, mas é preciso continuar buscando a alegria em se viver. Vivê-la de fato não deve ser coisa para poucos, sempre que os aprendizados chegam, com todo alvoroço que só um bom aprendizado pode conter, vejo como me relaciono com as intempéries: sempre querendo enaltecer o que de bom é.
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& algumas situações me melancolizam ao ponto tal que preciso escrever para transformar a dor em beleza. Entender alguma coisa no meio de tanto a ser simplesmente sentido e relevado? Ou ser e deixar passar assim como o vento, pontuando o que de mágico há em cada peça deste longo quebra-cabeças de 15 anos, enxergar o que de bom se encerra na semente de uma nova vida. Mas, me dói mais que os passarinhos não tenham onde chocar e viver para cantar do que ver o concreto sendo transfigurado.
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E a arte que pode brotar de tudo isso é a verdadeira passagem para ampliar a plenitude do bem que eu sinto na vida independente de...O que importa é cultivar a natureza. Pois que a Terra existe, pulsa, e em seu tempo tudo evolui e cura... E eu olhava para a foto da velhinha pensando "será que ficarei assim?" Enquanto a verdade é que fui esta velhinha enquanto estive aqui.
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A menina índigo que depois dele sol chegou, esticando os braços enquanto escurece a noite ou amanhecem dias, abrindo o peito pra vida entrar...& daí eu reconheci a sereia que a borboleta verde fez na terra brotar como gente, duas pernas e não mais um só como tantos querem ser.
Um comentário:
Chorei e ainda choro.
Só que igual a uma macaca velha e escandalosa, e como diria nossa mãe, parecendo que estão a me arrancar o fígado.
Macaca ou égua, tanto faz.
Preciso é voltar a ser borboleta.
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